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IN/VISIBILIDADES NEGRAS CONTESTADAS
7ª Conferência Bianual da Rede Afroeuropeans

4 - 6 julho 2019

Lisboa

Lisboa

ISCTE-IUL

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Fotos por Herberto Smith
In/Visibilidades Negras Contestadas

A 7ª Conferência Bianual da Rede Afroeuropeans: “In/Visibilidades Negras Contestadas” irá decorrer em Lisboa (ISCTE - IUL), e é uma importante plataforma para a produção de conhecimento nas áreas de pesquisa transdisciplinar sobre racismo, culturas negras e identidades na Europa. Esta conferência também oferece a oportunidade de fortalecer e alargar redes entre académicos, activistas e artistas que questionem o racismo estrutural e estejam envolvidos criticamente na produção de conhecimento pós-colonial sobre a negritude europeia e a diáspora africana. Estas redes de diálogo serão promovidas através de palestras, painéis temáticos, mesas-redondas, comunicações individuais e um programa artístico e cultural.

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Esta conferência é o resultado de uma longa colaboração entre académicos, escritores e artistas de muitas universidades e institutos de pesquisa europeus e de outras partes do mundo e que deu origem à rede internacional “Afroeurope@s: Culturas e Identidades Negras na Europa”. Com o objetivo de aprofundar o conhecimento das populações negras na Europa e a sua contribuição para a sociedade em todas as áreas da vida, a rede organizou conferências em diferentes universidades europeias: Universidade de León em 2006 e 2009; Universidade de Cádiz em 2011; Universidade de Londres e Universidade Aberta em 2013; Universidade de Münster em 2015 e Universidade de Tampere em 2017. Sentimo-nos honrados de trazer este debate pela primeira vez para Lisboa, uma cidade com uma das maiores diásporas africanas, e que influenciou a literatura, a música, a língua e a sociedade portuguesa em geral nos últimos cinco séculos. O comitê organizador local é composto por pesquisadores, artistas e ativistas de diferentes universidades e coletivos de Portugal, Brasil e Suíça.

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O título da conferência incorpora as tensões, ambiguidades e paradoxos da Negritude na Europa. Da mesma forma que as histórias, culturas e condições sociais das negras e dos negros são invisibilizadas pelas forças hegemónicas europeias, existe uma hipervisibilidade dos seus estereótipos na cultura popular europeia. Além disso, enquanto a questão racial desapareceu largamente dos discursos políticos, sociológicos e administrativos (na Europa continental), e enquanto o desengajamento com o racismo institucional e estrutural foi reformulado no âmbito das novas retóricas capitalistas pós-raciais, os estereótipos raciais ainda têm muita importância, e os corpos negros continuam a ser invocados ora como convidados tolerados, na melhor das hipóteses, ora como intrusos ameaçadores, na pior. A consequência é a prática de “incorporação de uma identidade que é declarada como impossível apesar de ser vivida por milhões”, nomeadamente europeus não-brancos, e especificamente por negros europeus. Esta identidade tornou-se ainda mais condicionada pela nova integração dos discursos de direita e as políticas de imigração mais restritivas que também afetam os refugiados e as pessoas de ascendência africana.

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A conferência aborda não só estas relações de dominação, e modos de exclusão racial, mas relaciona-se principalmente com as contestações e resistências contínuas que têm sustentado estas in/visibilidades. Focamos o nosso olhar nas histórias e culturas desconsideradas, e investigamos sobre formas passadas, novas e contínuas de resistência e intervenção afro-europeia, nos âmbitos político, social, cultural e artístico. Isto implica ter em consideração os diferentes posicionamentos no interior da Negritude Europeia, ligados por exemplo com a origem diaspórica, língua,  género, classe social, estatuto de cidadania, sexualidade, dis/abilidades, assim como as várias formações históricas geo-espaciais e pós-coloniais.

CfP
CHAMADA PARA COMUNICAÇÕES

A Comissão Organizadora da 7ª Conferência Bianual da Rede Afroeuropeans  procura contribuições em forma de comunicações que integrem os painéis, organizados pelas seguintes agendas ou linhas temáticas:

 

> A Europa Negra e suas Interseções:

Os painéis devem refletir sobre os vários eixos de diferenciação que co-estruturam as culturas e identidades negras da Europa. Propostas que reflitam sobre gênero e sexualidade, mulheres negras, comunidades LGBTIQ, mas também sobre masculinidades e feminilidades negras, seus condicionamentos, redes e formas de resistência serão especialmente bem-vindos.

 

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> Afroeuropeus nas Artes e na Mediasfera:

Painéis nesta área temática devem abordar as múltiplas expressões artísticas e mediáticas (literatura, artes visuais, estética, mídia tradicional e digital, etc.) da população negra europeia, entendendo estas práticas como espaços de criação de visibilidade para histórias, experiências e culturas negras, assim como para o anti-racismo.

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Ativismos, Resistências e Políticas Públicas na Europa do Capitalismo Tardio:

Por um lado, este eixo pretende abordar as formas em que as políticas públicas “que não vêem cor” e “Europa Fortaleza” afectam, distorcem e (in)visibilizam as diversas expressões de desigualdade às quais a populações negras são submetidas em tempos de capitalismo tardio avançado. Por outro lado, este eixo dedica-se à análise dos movimentos sociais afroeuropeus (locais, regionais, nacionais e transnacionais), organizações e práticas de contestação e resistência a essas políticas e processos.

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Cidades Negras. Espaço Público, Racismo, Culturas Urbanas e Segregação:

Convidamos propostas de painel que abordem a racialização negra na vida urbana e as experiências (e inserções) de pessoas de ascendência africana. Estamos interessados em ampliar o debate sobre os problemas que afetam os negros nas cidades contemporâneas - segregação, racismo, subalternidade, estigmatização, guetização - bem como analisar as intervenções afroeuropeias no espaço público: estilo de vida, expressões artísticas, culturas urbanas e identidades.

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Descolonizando o Conhecimento sobre a Europa Negra, a Diáspora Africana e a África:

Painéis que debatam a descolonização do conhecimento sobre a Europa Negra, a Diáspora Africana, a África e os impérios coloniais, mas também os processos reais de construção de novas narrativas contra-hegemônicas sobre esses temas serão bem-vindos.

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Teorizando a Negritude e a Europa Racial:

Os painéis desta área temática devem abordar as questões teóricas que moldam o conjunto das relações sociais e a experiência social dos afroeuropeus, discutindo as próprias definições de raça, racismo, negritude e branquitude e como isso co-produz a Europa como uma formação espaço-temporal.

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Inscricao
inscrições

Inscrições disponíveis brevemente

Inscrição Antecipada / até 15 maio 2019

Inscrição Tardia / a partir de 16 maio 2019

* A conferência é de entrada livre, com exceção de participantes
que desejem certificado, kit de conferência e acesso a coffee breaks.

Nota: PIB per capita corrigido pelo indicador de Paridade do Poder de Compra de cada país (GDP per capita, PPP),
sendo o valor de Portugal a referência de base.

Org
Important Dates
EQUIPA
COMISSÃO ORGANIZADORA

 

Carla Fernandes / Afrolis - Cultural Association

Cristina Roldão / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (CIES-IUL) / ESE-IPS

Jovita dos Santos Pinto / Universität Bern (ICFG) - membro até Maio de 2018

Mojana Vargas / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (CEI-IUL)

Otávio Raposo / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (CIES-IUL)

Pedro Varela / Universidade de Coimbra (CES-UC)

Raquel Lima / Universidade de Coimbra (CES-UC)

Raquel Matias  / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (CIES-IUL)

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PRODUTOR EXECUTIVO

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Diego Candido / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa

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COMISSÃO CIENTÍFICA

Akwugo Emejulu / University of Warwick

Ana Lúcia Sá / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (CEI-IUL)

Ana Paula Tavares / Universidade de Lisboa (CLEPUL - FLUL)

Ana Rita Lopes Alves / Universidade de Coimbra (CES-UC)

António Guterres / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (Dinâmia-CET)

Carlos Garrido Castellano / Cork University (UCC) Ireland

Derek Pardue / Aarhus University

Françoise Verges / Collège d'Études Mondiales

Graça Cordeiro / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (CIES-IUL)

Inocência Mata / Universidade de Lisboa (CEC-FLUL) and University of Macau

Iolanda Évora / Instituto Superior de Economia e Gestão (CESA-ISEG)

Joacine Katar Moreira / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (CEI-IUL)

Kwame Nimako / University of Amsterdam

Leonardo Custódio / University of Tampere

Maboula Soumahoro / Université François-Rabelais-Tours

Mamadou Ba / SOS Racismo Portugal

Mark Stein / University of Münster

Marta Araújo / Universidade de Coimbra (CES-UC)

Miguel de Barros / Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (CESAC)

Miguel Vale de Almeida / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (CRIA-IUL)

Patrícia Purtschert / University of Berne

Patrick Simon / Institut National d’Études Démographiques (INED)

Paula Meneses / Universidade de Coimbra (CES-UC)

Paulo Raposo / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (CRIA-IUL)

Peggy Piesche / University Of Bayreuth

Redy Wilson / Centro de Produção e Promoção de Conhecimentos (CeProK)

Ruth Gilmore / City University of New New York

Sandra Mateus / ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (CIES-IUL)

Silvia Maeso / Universidade de Coimbra (CES-UC)

Stephen Small / University of California Berkley

Teju N. Adisa-Farrar / World Unwrapped

Trica Danielle Keaton / Dartmouth College

datas importantes

Chamada para painéis: 2 de maio de 2018 - 15 agosto 2018   Novo Deadline: 30 de setembro de 2018 
Notificação de aceitação de painéis: 15 de novembro de 2018
Chamada para comunicações: 1 de dezembro de 2018 - 28 de fevereiro de 2019
Notificação de aceitação de comunicações: 15 de abril de 2019

Conferência: 4 - 6 de julho de 2019

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LÍNGUAS
  • As línguas oficiais da Conferência são inglês e português.

  • Todos as propostas de painéis e comunicações deverão ter título, resumo e palavras chave em inglês.

  • Todas as propostas de painéis deverão indicar, se para além do inglês também aceitam as apresentações orais em português.

  • No caso de comunicações orais em português solicita-se, se possível, que a exposição seja acompanhada por power point com legendas em inglês ou disponibilizado o texto da exposição em inglês.

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